Após um lindo concerto em Novo Hamburgo - RS durante a semana da Consciência Negra dia 23 de Novembro, chegou a vez de mais um show no Teatro Nilton Filho!
Dessa vez, será dia 30 as 16:30!
O MarimBrasil está com um repertório renovado, com mais canções do folclore africano mas mantendo alguns "clássicos" como Buya Africa, e Siyahamba, garantindo a diversão nos concertos com o público cantando junto!
Os shows do MarimBrasil são abertos a todas as pessoas, e gostaríamos de deixar bem claro que podem sim levar seus filhos pequenos ao teatro. Não se preocupem com a exaltação, afinal o nosso show tem por característica a participação do público! :)
Estamos muito ansiosos pelo show, pois os ensaios estão com uma energia ótima e temos certeza que será uma tarde inesquecível para todos. O endereço do Teatro é: Rua Grão Pará, 179 no Bairro Menino Deus (Porto Alegre). É necessário fazer a reserva antes através dos telefones: (51) 82515184 ou 30283663.
As vozes das madeiras irão falar mais uma vez no Teatro Nilton Filho!!!!
Confira uma das múscias que foi apresentada na semana da Consciência Negra, e que estará no repertório do dia 30!
http://www.youtube.com/watch?v=d0FQgaJintQ
Abraços!
Projeto MarimBrasil
Educar para transformar. Transformar para a paz.
quarta-feira
terça-feira
Semana Acadêmica IPA 2013
Mais um dia de grande satisfação para nós do MarimBrasil! Ontem, 07 de Outubro de 2013, tivemos um dia especial. Além da oficina aberta a comunidade, realizamos um maravilhoso concerto na abertura oficial da Semana Acadêmica das Licenciaturas do IPA.
Os participantes e ouvintes da Oficina conheceram um pouco sobre a história e cultura do Zimbabwe, e aprenderam e executaram algumas canções nas marimbas e percussão.
Agradeçemos aos organizadores e professores pela oportunidade, e acima de tudo aos maravilhosos integrantes do MarimBrasil!
Os participantes e ouvintes da Oficina conheceram um pouco sobre a história e cultura do Zimbabwe, e aprenderam e executaram algumas canções nas marimbas e percussão.
Agradeçemos aos organizadores e professores pela oportunidade, e acima de tudo aos maravilhosos integrantes do MarimBrasil!
quarta-feira
Concertos de estréia!
É com muito orgulho que anunciamos os primeiros concertos MarimBrasil! É uma imensa satisfação dividir essa alegria com os meus amigos da banda e apoiadores incondicionais!
Dias 7 e 8 de Setembro no Teatro Nilton Filho as 16h. Gostaria de ver muita gente lá. E a dica é garantir o seu ingresso rapidamente, pois o Teatro possui em torno de 70 lugares. As informações estão todas no cartaz abaixo.
Sempre é bom lembrar que o MarimBrasil é um projeto que lida essencialmente com a música do Zimbabwe, através das marimbas e percussão. O nosso repertório é composto por canções africanas alegres e contagiantes que falam sobre o dia a dia e sobre a cultura do Sul da África.
É a primeira vez que o Brasil irá ouvir o som desses instrumentos, produzidos por Roberto Luis Castro do atelier Construindo o Som, sob orientação de Maurício Weimar, líder do grupo. Somos bastante orgulhosos em saber que estamos desenvolvendo um trabalho pioneiro e muito sincero.
Não deixem de conferir as próximas postagens com o primeiro vídeo do grupo!
Nos vemos em breve...
Dias 7 e 8 de Setembro no Teatro Nilton Filho as 16h. Gostaria de ver muita gente lá. E a dica é garantir o seu ingresso rapidamente, pois o Teatro possui em torno de 70 lugares. As informações estão todas no cartaz abaixo.
Sempre é bom lembrar que o MarimBrasil é um projeto que lida essencialmente com a música do Zimbabwe, através das marimbas e percussão. O nosso repertório é composto por canções africanas alegres e contagiantes que falam sobre o dia a dia e sobre a cultura do Sul da África.
É a primeira vez que o Brasil irá ouvir o som desses instrumentos, produzidos por Roberto Luis Castro do atelier Construindo o Som, sob orientação de Maurício Weimar, líder do grupo. Somos bastante orgulhosos em saber que estamos desenvolvendo um trabalho pioneiro e muito sincero.
Não deixem de conferir as próximas postagens com o primeiro vídeo do grupo!
Nos vemos em breve...
A história das Marimbas do Zimbabwe - Parte 3 (última)
Além
de Kwanongoma: a propagação das bandas de marimba.
Kwanongoma cresceu e prosperou sob a liderança de Leslie
Williamson, Olof Axelsson e Alport Mhlanga de 1960 até 1980. Durante esse
tempo, muitos conjuntos de marimba foram construídos, inicialmente para escolas
primárias como Mzilizaki, Losikeyi e Msitheli, e posteriormente para os centros
comunitários e escolas de ensino médio. Em 1973, Northlea tornou-se a primeira
escola de ensino médio em Bulawayo a ter uma banda de marimbas, seguida por
Founders, Milton, St. Columbus e muitas outras. A primeira banda em Northlea foi
ensinada por Mhlanga em 1973 e pelos estudantes de Kwanongoma até 1974. Essa
foi uma ação bastante radical durante um tempo em que ainda havia segregação
racial, pois os alunos de Kwanongoma eram negros e os alunos de Northlea eram brancos.
Entretanto, o acordo funcionou muito bem, provando que as marimbas eram, com
certeza, instrumentos adequados para estudantes de qualquer etnia no Zimbabwe,
e consequentemente, para estudantes de qualquer lugar do mundo.
A educação musical era apenas uma parte do treinamento em
Kwanongoma. Além de aprender a tocar
marimbas e mbiras, os estudantes eram instruídos para construir esses
instrumentos. Com esse treinamento, qualquer estudante graduado em Kwanongoma
poderia ir para qualquer lugar no mundo e criar uma banda de marimbas, contanto
que houvesse madeira adequada, e ferramentas disponíveis. Na verdade, foi
exatamente assim que as marimbas no estilo Zimbabwe foram introduzidas nos
Estados Unidos. Em 1968, Abraham Dumisani graduou-se em Kwanongoma e foi para a
Universidade de Washington, levando todo o seu conhecimento musical. Como
resultado de sua influência, as bandas de marimba começaram a se espalhar pelo
norte da América, e consequentemente para outras cidades dos Estados Unidos e Canadá.
Marimbas
estilo-Zimbabwe
Entre 1960 e 1980, desenvolvou-se três tipos diferentes de marimbas
estilo-Zimbabwe. O primeiro tipo foi desenvolvido em Kwanongoma em 1960 e foi
introduzida nos Estados Unidos em 1968 por Abraham “Dumi” Maraire. Naquela
época, as marimbas de Kwanongoma ainda tinham a armação em madeira em vez de
metal, e não havia razão para mudar isso nos Estados Unidos onde a madeira era
abundante e barata. Todos os ressonadores era feitos de tubos de PVC com
pequenos buracos para os buzzers (pedaços
de plástico fino que vibram com o vento que as teclas produzem quando tocadas) presos com uma
espécie de massa de modelar. Posteriormente, algumas mudanças foram adotadas
nos Estados Unidos, como o colocar os buzzers ambaixo dos ressonadores e não ao
lado dos tudos, assim como criar marimbas baixo muito maiores e com sonoridade
mais forte.
Um segundo tipo de marimba foi criado em Kwanongoma por Olof
Axelsson, Alport Mhlanga e Elliot Ndlovu nos anos 1970. Axelsson queria
intrumentos com com uma sonoridade e aparência mais tradicional, como as
cabaças naturais. Para conseguir isso sem perder durabilidade, ele substituiu
os tubos de PVC das marimbas baixo e barítono por ressonadores de fibra de
vidro em formatos de cabaças. Para as marimbas menores, ele esquentava os tubos
por dentro, causando um alargamento dos mesmos e deixava o exterior com uma
aparência de queimado, usando um maçarico. Assim foi possível deixar os tubos
um pouco mais arrendondados, e uma textura parecida com casca de árvore por
fora. Os ressonadores eram presos a pequenos tubos, o que permitia o ajuste dos
mesmos. As teclas eram decoradas com padrões de zigue-zague feitos também com
um maçarico, ao invés de um verniz brilhante. A armação de madeira foi
substituída por armações de metal, com tubos quadrados articuláveis. Essa
mudança foi sugerida por Mhlanga, em 1978, após os estudantes de Kwanongoma
retornarem de uma turnê pela Suécia e Finlândia, que foi o teste de
durabilidade dos instrumentos.
O terceiro estilo foi desenvolvido por Axelsson no Zimbabwe
em 1980, após deixar Kwanongoma am 1981. Era um modelo bem diferente tanto do
mais velho quanto do mais novo estilo de Kwanongoma, pois baseava-se nas
timbilas tradicionais do povo Chopi de Mozambique. Os instrumentos era bem
leves e de altura inferior, próximos ao chão. Não eram articuláveis e tinham
ressonadores feitos de alumínio arredondados com buzzers. As teclas eram
suspensas sobre os ressonadores através de cordões, ao invés de apoiados sobre
a armação, criando uma sensação de mola, similar a timbila. Esses instrumentos
empregavam a mesma escala diatônica (incluindo Fás sustenidos) do estilo
Kwanongoma, mas eram menores e sonoramente menos volumosas.
Axelsson faleceu em 1993 enquanto trabalhava sua tese de
Doutorado na Universidade de Lund na Suécia. Sua esposa e uma de suas filhas
continua a construir marimbas no estilo Chopi nos Estados Unidos e Suécia.
Epílogo
Hoje, sem as importantes lideranças, a escola de Kwanongoma
não representa mais uma significativa
força da música do Zimbabwe para o mundo. Como uma árvore definhando, mas que
ainda produz sementes cheias de vida esperando pelo vento a levá-las a criar
raízes em lugares distantes, o seu legado ainda vive. O legado das marimbas de
Kwanongoma vive através de seus ex-professores, alunos. Com um tempo de vida de
um pouco mais de quarenta anos, as marimbas do Zimbabwe foram realmente longe.
Talvez a sua jornada esteja somente começando.
A autora gostaria de expressar profunda gratidão ao sr.
Alport Mhlanga por fornecer inúmeros detalhes da história das marimbas do
Zimbabwe, e pela constante assistência durante a o processo edição.
segunda-feira
Primeiro ensaio aberto MarimBrasil - 23 de Junho de 2013
Olá amigos!
Domingo tem MarimBrasil! Uma idéia musical com marimbas africanas, no estilo Zimbabwe e com canções africanas tradicionais. Além das marimbas, o grupo tem percussão como Djembe e Hoshos (chocalhos africanos), e voz.
A idéia é que a comunidade veja um pouco do nosso trabalho e conheça um pouco da proposta multicultural do MarimBrasil. Será um ensaio normal, aberto, mas com foco na apresentação dos instrumentos e o repertório exótico aos nossos ouvidos
É importante ressaltar que tocamos música essencialmente do Zimbabwe, um país que até pouco anos atrás sofria com a segregação racial, e teve sua independência somente em 1980, quando a maioria negra finalmente fez prevalecer a sua vontade. Nós valorizamos e muito a riqueza dessa música, e tentamos manter fidelidade as características inerentes ao estilo.
O local do ensaio é Teatro Nilton Filho, rua Grão Pára, número 179. No bairro Menino Deus, bem próximo ao Hospital Mãe de Deus (José de Alencar). HORÁRIO: entre 14:30 e 17:00.
terça-feira
A história das marimbas do Zimbabwe - Parte 2
Os construtores de marimbas em Kwanongoma
As primeiras três marimbas de Kwanongoma foram construídas
por Nelson Jones por volta de 1962, usando Sequoia (Sequoia sempervirens), madeira importada, e tubos de papelão para
os rossonadores. Elas eram cromáticas, e não duraram muito pois a madeira era
aparentemente muito macia.
Em 1963, com a chegada de Josiah Siyembe Mathe, um
exeperiente músico Lozi descendente do sudoeste de Zambia e que sabia construir
Selimbas (marimba Lozi), o
desenvolvimento das marimbas em Kwanongoma entrou no eixo. Tendo como base a Selimba de 11 notas com ressonadores de cabaça,
Mathe criou uma marimba soprano de 13 notas, uma tenor e uma baixo. Era um
habilidoso construtor de instrumentos e que também sabia como construir
tambores e outros instrumentos musicais, e mais tarde compartilhou seus conhecimetos com os estudantes de Kwanongoma.
A madeira usada para as teclas das novas marimbas era a
Mukwa (Pterocarpus angolensis), uma
madeira disponível na área. Após um breve experimento com tubos ressonadores
feitos de bambus, acabou-se adotando tubos de PVC com diferentes larguras e
comprimentos em vez das tradicionais cabaças como nas selimbas.
Michael Bhule foi o sucessor de Mathe, e foi ele quem
construiu o primeiro set completo de quatro instrumentos que tornaram-se o
modelo para as marimbas de Kwanongoma, baseado nas sugestões feitas por Alport
Mhlanga. Esse set foi construído em 1966 e consistia em uma
soprano e tenor com escala diatônica de Dó Maior com fá sustenido adicional,
uma barítono de nove notas, e uma baixo de oito notas. A inclusão de Fá
sustenido sugeria que canções pudessem ser executadas tanto em Dó Maior quanto
em Sol Maior, o que tornaria os instrumentos mais versáteis, especialmente
quando acompanhando cantores.
Bhule treinou James Jubane, também conhecido com James Jack,
que por sua vez treinou Elliot Ndlovu em 1968. Quando Olof Axelsson tornou-se
Diretor de Kwanongoma em 1972, ele e Ndlovu trabalharam exaustivamente em um
novo design para as marimbas para a Escola. Ndlovu permaneceu como
administrador de oficina até 1997. Após aposentar-se de Kwanongoma, ele e seus
filhos continuaram a fazer marimbas em sua casa in Luvevem Bulawayo até sua
morte em 2006.
Professores de Marimba em Kwanongoma
O primeiro instrutor de marimbas em Kwanongoma foi Josiah
Siyembe Mathe em 1963. Um dos alunos foi Alport Mhlanga, que frequentou a
Escola em 1963 e 1964. Em 1966, Mhlanga juntou-se a Escola no cargo de
palestrante. Seis meses depois. Mathe mudou-se para Botswana, e Mhlanga
tornou-se o novo instrutor de marimbas em Kwanongoma.
Mhlanga defrontou-se imediatamente com o seguinte desafio:
aumentar o repertório para a banda de marimbas de Kwanongoma. A princípio, a
criação de um novo instrumento sem herança tradicional musical é muito
empolgante, mas sem um repertório apropriado, esse instrumento não passa de uma
interessante peça de mobília. Mhlanga encarou o desafio. Ele compôs novas músicas para as marimbas, incluindo Ranchera, Maimbo, Rugare 1, Rugare 2,
Amaxoxo, Kwanongoma e muito mais. Alguns de seus estudantes também
colaboraram, e as canções foram, muitas vezes, nomeadas de acordo com o
compositor, por exemplo Chiradza 1 e Chiradza 2. Também foram feitos arranjos
de músicas tradicionais para as marimbas. Além disso, Mhlanga e seus alunos
utilizavam canções de artistas locais e internacionais de rádio e os adaptavam
para as marimbas. O repertório de Kwanongoma expandiu-se dos Lozi, como Siyamboka e Singonki and temas populares Shona como Chamtengure, passando por
“township jive” em Skokiaan e Take it Easy, até canções de Big Band
americanas como A Swinging Safari e In The Mood.
Após lecionar e atuar como diretor em Kwanongoma por 22 nos,
Mhlanga mudo-se para Botswana em 1987. Com a sua partida, o som das marimbas
começou a desaparecer da Escola de Kwanongoma. Mhlanga tornou-se o diretor da
escola de ensino médio Maru a Pula em Gaborone, e também Diretor de Marimbas e
também atuava levando a música para comunidades sem acesso. Mhlanga continuou em Bostawana até sua morte, por ataque
cardíaco, em 2012.
Em breve a parte 3...
Em breve a parte 3...
segunda-feira
A história das marimbas do Zimbabwe - Parte 1
Hoje estou postando um artigo de enorme esclarecimento a respeito das marimbas estilo-Zimbabwe. O artigo será dividido em algumas partes para não tornar a leitura muito cansativa, e também fazer com que o leitor volte ao nosso blog para conferir o resto! :)
Em breve, a parte 2...
A história das
marimbas do Zimbabwe
A maior parte dos intrumentos africanos são tão antigos que
torna-se impossível saber exatamente a história de sua origem. No entanto, a marimba
do Zimbabwe é uma exceção. Esse instrumento tem apenas 40 anos, aproximadamente,
e durante esse tempo a sua popularidade cresceu estrondosamente. Hoje, a
marimba do estilo Zimbabwe pode ser ouvida não somente no próprio Zimbabwe e
nos seus países vizinhos como em Bostwana e África do Sul, mas também no Reino
Unido, Scandinávia, Austrália, Canadá e Estados Unidos. Para um instrumento com
tão pouco tempo de história, certamente a expansão foi muito rápida. Essa é a
história de como tudo começou.
Zimbabwe nos anos 60...
O Zimbabwe no início dos anos 1960 era chamado Rhodesia do
Sul, e era uma colônia britânica. Isso mudou em 1965 quando Ian Smith e seu
“governo branco” declararam independência, e o país tornou-se somente Rhodesia.
Nesse país, todas as escolas, universidades, transporte público, centros
comerciais e até mesmo zonas residenciais eram separadas pela cor de pele entre
“branco”, “mulato” e “negro”. A grande maioria negra não tinha direito ao voto,
e a crescente indignação com toda a
situação finalmente desencadeou uma guerra civil durante o início dos anos 70
até 1980. Em 1980, a vontade da maioria finalmente firmou-se e o país tornou-se
Zimbabwe. No entanto, ainda 1960 a guerra ainda não tinha surgido. As pessoas
viviam normalmente. Compravam sua comida, visitavam os amigos, frequentavam as
escolas e cantavam cancões enquanto trabalhavam.
Escola Superior
de Música Kwanongoma (Kwanongoma College of Music): O local de nascimento das marimbas
do Zimbabwe
A cidade de Bulawayo é a segunda maior cidade do Zimbabwe,
perdendo somente para a capital Harare. Bulawayo fica na província de
Matabeleland, lar do numeroso povo Ndebele. Os Ndelebe constituem o segundo
maior grupo étnico do país, ficando atrás do povo Shona, os quais são a
maioria.
Em 1961, Bulawayo abrigava a Adacemia de Música de Rhodesia,
onde o diretor era Robert Sibson, um engenheiro elétrico aposentado e flautista
cássico. Como musicista, Robert apreciava a rica tradição musical dos dois
povos, Ndebele e Shona, que eram interligados intimamente em uma sociedade
rural. No entanto, ele se preocupava com uma possível perda dessa tradição na
medida em que as pessoas iriam se deslocando do campo para a cidade em busca de
trabalho. Sem falar que nada daquela música era ensinada nas escolas. A solução
adotada por Sibson foi criar uma escola superior dedicada ao estudo da Música
africana, com o objetivo principal de formar professores de educação musical
primária capazes de ensinar a Música africana em outras escolas. Essa escola superior
fundada em 1961, uma ramificação da Academia de Música, foi nomeada Kwanongoma,
que siginifica “o lugar onde tocam-se os
tambores”, ou “o lugar do canto”.
Com o Colégio Superior de Música de Kwanongoma estabelcido,
Robert Sibson propôs que alguns tipos de instrumentso africanos deveriam ser
usados para a educação. Para achar um instrumentos apropriado, Sibson consultou
profissionais renomados em seus devidos campos. Entre eles, Hugh Fenn, ex-diretor
da Academia de Música de Rhodesia antes de Sibson; o étno-musicólogo sul
africano Andrew Tracey, filho do renomado étno-musicólogo Dr. Hugh Tracey;
Dr.James McHarg, vice-presidente da Universidade de Rhodesia; Trevor Lea-Cox,
que foi Diretor Geral de Transportes de Rhodesia; e Nelson Jones, o engenheiro
elétrico da cidade. Após muitas conversas, o instrumento escolhido para
Kwanongoma foi a marimba. O instrumento era unicamente africano, mas não nativo
do Zimbabwe, especificamente. Todavia, marimbas eram encontradas nos países
vizinhos como Zâmbia e Mozambique. O povo Chopi de Mozambique tinham forte
tradição com marimbas, e utilizavam grandes grupos com vários instrumentos indo
de marimbas baixo até as soprano. A idéia para Kwanongoma era criar não somente
uma marimba, mas bandas completas, similares com as encontradas em Mozambique.
Como o propósito de Kwanongoma era capacitar professores de
música, os estudantes eram instruídos não somente através das marimbas, mas
também no canto, performance, teoria, piano, violão, percussão e mbira. A mbira é um instrumento tradicional do povo
Shona, tocado com os polegares e dedos indicadores. A mbira tem uma história
própria fascinantem que está além da esfera de estudo nesse momento.
O primeiro Diretor de Kwanongoma foi Leslie Williamson. Seu
sucessor foi Olof Axelsson, em 1972. Quando Axelsson deixou o cargo em 1981,
Alport Mhlanga, um experiente instrutor de marimba, tornou-se o Diretor de
Kwanongoma até mudar-se para Botswana em 1987. Em, 1971, Kwanongoma mudou-se da área de Khami Road para uma
nova área em Old Victoria Falls Road. Na época, tornou-se o departamento de
música da Escola Superior de Educação United
(United College of Education).
Em breve, a parte 2...
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